Um macaco foi encontrado morto na noite de terça-feira (16), em Barra do Piraí, no Sul do Rio de Janeiro. Segundo nota divulgada pela prefeitura, ele estava caído à beira de uma estrada, embaixo de um poste de energia elétrica, no bairro Boca do Mato.
O animal tinha um sangramento na cabeça. Ainda não se sabe se o macaco estava doente ou esbarrou em um algum fio de alta tensão. Ele foi encaminhado para um laboratório no Rio, onde será examinado. A data para o resultado da análise, não foi divulgada.
Com esse, sobe para cinco o número de primatas mortos no sul do Rio de Janeiro: um em Paulo de Frontin, um em Três Rios, um em Sapucaia e um em Miguel Pereira. Todos os casos estão sendo analisados.
Os macacos não são os transmissores da febre amarela. A doença só é transmitida pelo mosquito. Os primatas servem como indicadores da presença do vírus em determinada região. Eles são vulneráveis ao vírus e a infecção confirmada ajuda elaborar ações de prevenção da doença em humanos.
Febre amarela
Três casos da doença já foram confirmados no Sul do Rio de Janeiro este ano, todos em Valença. Desse total, duas pessoas morreram após contrair a febre amarela. O resultado foi confirmado após exames laboratoriais realizados pela Fiocruz.
Todos os registros até agora no estado do Rio são de febre amarela do tipo silvestre, transmitido pelas espécies de mosquito Haemagogus e Sabeths, presentes em áreas de mata. Não há registro da forma urbana da doença, transmitida pelo Aedes aegypti, desde 1942 no país.
Cidades reforçam vacinação
As cidades mais populosas do Sul do Rio de Janeiro reforçaram e anteciparam a campanha de vacinação contra a febre amarela. Há postos de saúde funcionando com horário ampliado e até mesmo à noite. De março do ano passado até janeiro deste ano foram confirmados 29 casos de febre amarela em todo o estado do Rio de Janeiro. Dez pessoas morreram vítimas da doença.
