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Vassouras
166 anos

História de Vassouras - RJ

Francisco Tavares foi um dos primeiros fazendeiros a se estabelecer no caminho das Minas, desbravado nos fins do século XIX por Garcia Rodrigues Pais, que recebeu do Vice-Rei quatro sesmarias para explorar, nas margens do Rio Paraíba, além de mais uma para cada um de seus doze filhos.

Garcia Rodrigues Pais, filho de Fernão Dias Pais, o Caçador de Esmeraldas, herdou do pai a paixão desbravadora de sertões sendo e responsável pelo povoamento de extensas florestas virgens.

Vizinhas às terras de Garcia Pais apareceram outras sesmarias doadas pelos governadores do Rio e entre as quais as mais antigas supõem-se constar a do Alferes (depois Capitão) Francisco Tavares, na zona de Pau Grande, cujas terras passaram posteriormente a pertencer ao Capitão-Mor Manoel Francisco Xavier.

Nessas terras, por alvará de d' El Rei,  foi fundada a Vila de Paty do Alferes. O nome vem da união de Paty, pequena palmeira característica da região, e o designativo militar Alferes.

Fundada a Vila, sua Majestade ordenou que levantassem o pelourinho e construíssem casas para a Câmara, a Cadeia e outras oficinas.

Mas, apesar disso, no decorrer dos anos a sede do Município, integrada por Paty, Sacra Família e Vassouras, permaneceu inerte, contrastando com a crescente prosperidade das fazendas em suas cercanias.

Enquanto Paty do Alferes se via de braços com a falta de progresso, a povoação denominada Vassouras evoluía incessantemente.

Por esses tempos, a Câmara já começava a receber influente infiltração de fazendeiros de Sacra Família e de Pau Grande: os Gomes Ribeiro de Avellar, os Corrêa e Castro, os Teixeira Leite e os Ambrósio de Souza Coutinho. Valendo-se de tal influência, a Câmara aprovou, por unanimidade, a mudança da sede do município.

A regência trina formada por Francisco de Lima de Silva e pelos deputados João Bráulio Muniz e José da Costa Carvalho, o Marquês de Monte Alegre, promulgou em 15 de janeiro de 1833, o decreto que em seu artigo 4º declarava:

“Fica extinta a Villa de Paty de Aferes e em seu lugar, erecta em Villa a Povoação de Vassouras, compreendendo no seu Termo as Freguesias de Sacra Família e Paty do Alferes." 

Transcorridos dois meses, as personalidades da nova Vila aplaudiram a inauguração do símbolo da autoridade: o  pelourinho. Este foi elevado ao final da atual Rua Cel. Manoel Bernardes, local mais conhecido como Pedreira.

Divergindo de muitos outros construídos no País, o pelourinho de Vassouras foi erguido em colunas e guarnecido com argolas de metal tendo uma ponta de ferro na parte superior. Em 1870, portanto bem antes da Proclamação da República, ele ruiu e não foi reerguido. Isto evitou que Vassouras sofresse a ação da fúria popular quando, proclamada a República, seus exaltados adeptos saíram pelas ruas do País, querendo destruir tais símbolos de autoritarismo.

A Vila de Vassouras parecia fadada a um destino maior. Depois dos primeiros moradores terem se dedicado à exploração do anil, da enorme criação de porcos e de pequenas produções agrícolas, era agora o café sua grande força de riqueza apesar de no princípio das plantações algumas opiniões divergentes sustentarem a queixa de que o café não teria tanto freguês como as produções anteriores, pois "só se tomava à sobremesa”.

Estavam errados, graças aos cafezais, Vassouras acumulou, nas décadas seguintes, tão crescente progresso que foi elevada à categoria de cidade no dia 29 de setembro de 1857.


Fontes:

http://www.camaravassouras.rj.gov.br/a-cidade

Prefeitura: http://www.vassouras.rj.gov.br/ - Prefeitura