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FEBRE MACULOSA

Estado do Rio de Janeiro já registra duas mortes por febre maculosa

Coordenador da Vigilância em Saúde de Barra Mansa ensina como se prevenir da doença.

Publicado em 20/06/2023 às 13:00

Estado do Rio de Janeiro já registra duas mortes por febre maculosa (Foto: Imagem ilustrativa retirada da internet)

O presidente do Instituto Vital Brazil, Alexandre Chieppe, fez um alerta à população: a febre maculosa, transmitida pelo carrapato-estrela, é uma doença grave e de alta letalidade. Prova é que nas últimas semanas foram confirmadas mais duas mortes causadas pela doença no estado de São Paulo. De janeiro até agora, foram seis óbitos. No estado do Rio, foram oito casos de febre maculosa no mesmo período, com duas mortes. No Sul Fluminense, até o momento, não há nenhum registro.

Mas o coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental, da Secretaria de Saúde de Barra Mansa, Antônio Marcos Rodrigues, avisa: todo cuidado é pouco. Em entrevista ao DIÁRIO DO VALE, ele explica que a febre maculosa brasileira é uma doença febril aguda, que tem como microorganismo causador da doença uma bactéria transmitida pela picada do popular ‘carrapato-estrela’. Para evitar que uma picada de carrapato se transforme em um problema mais sério, é preciso tomar algumas precauções. Se a pessoa frequentar áreas de risco – como beira de rios, pastos e áreas com arbustos –, deve fazer uma inspeção no corpo inteiro. Se encontrar algum carrapato, a orientação é fazer a remoção cuidadosa com pinça para evitar o parasitismo prolongado. “É importante não esmagar”, alerta Antônio Rodrigues.

De acordo com o coordenador, o carrapato-estrela costuma parasitar animais como capivaras, bois, vacas e cavalos, mas também pode ser encontrado em cães domésticos, quando estes frequentam áreas de risco. “Porém, os principais hospedeiros são a capivara e o cavalo, que são hospedeiros primários. Os gambás, saguis e bois, dentre outros, são hospedeiros secundários”, afirma Antônio, acrescentando que os sintomas da febre maculosa são muito parecidos com o de outras doenças: febre, manchas avermelhadas pelo corpo e dores musculares. “É fundamental procurar assistência médica no início dos sintomas e informar ao médico se esteve em área sujeita a febre maculosa”, diz.

Ainda segundo Antônio Rodrigues, qualquer pessoa está sujeita a contrair a doença, se for picada por um carrapato contaminado pela bactéria. Por isso, diz ele, estar atento é fundamental. “Andar à beira de rios, onde há vegetação alta sombreada, passeios em áreas rurais ou de matas, requer mais cuidados, como utilizar roupas claras e que cubram todo o corpo. A transmissão da bactéria causadora da febre maculosa se dá pelo parasitismo prolongado do carrapato infectado, cerca de quatro horas de alimentação com sangue do hospedeiro”, finaliza, reforçando a importância de inspeção do corpo todo durante e após frequentar áreas de risco.

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