O Banco de Olhos de Volta Redonda tenta atrair novos doadores de córneas, devido ao baixo número de doações no município. De acordo com a coordenadora da unidade, Michele Gama, No ano passado foram realizados 184 transplantes com córneas provenientes do banco, que já tem 9 anos de funcionamento.
“A córnea é a lente dos olhos, como o vidro de um relógio, ficando a frente da parte colorida que é a Íris. O doador não fica com nenhum sinal após a doação, pois o globo ocular é reconstituído. Esse número ainda é pouco, visto que temos uma fila de espera com cerca de 800 pessoas em todo o estado precisando de um transplante”, explica Michele.
Qualquer pessoa entre 10 e 80 anos pode ser um doador, desde que manifeste em vida junto aos familiares o desejo em ser um, pois são os familiares que autorizam, ou não, a doação.
Quando o banco é notificado sobre um possível doador, uma equipe segue para o local e o primeiro passo é a entrevista com os familiares para esclarecer a importância da doação. Sendo autorizada a coleta, a equipe capta a córnea e esclera, e leva ao banco onde o material é processado e encaminhado para transplante.
O banco é responsável pela captação de tecido ocular em 34 cidades do Sul do Estado do Rio. A equipe é composta por 12 profissionais entre enfermeiros e médicos oftalmologistas.
O Banco de Olhos de Volta Redonda, situado no Hospital São João Batista, funciona 24h com plantonistas. Para notificação de óbitos e possíveis doadores, basta entrar em contato através dos telefones 08000-225742 ou (24) 3343-3935.
A unidade está aberta para visitação com objetivo de esclarecer a população sobre a importância a doação de órgãos e tecidos.