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SIRENES

Sirenes que avisam riscos de desmoronamentos continuam desligadas em Angra

Defesa Civil calcula que cerca de 70 mil moradores da cidade vivem em área de risco.

Publicado em 15/07/2018 às 04:45

Sirenes que avisam riscos de desmoronamentos continuam desligadas em Angra dos Reis, RJ (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)

Cerca de 70 mil moradores de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, vivem em áreas de risco, e as sirenes instaladas para avisar a população sobre os riscos de desmoronamentos, alagamentos e inundações continuam sem funcionar. A previsão era que elas fossem religadas no último verão, mas o inverno chegou e até agora nada foi feito.

Já tem mais de dois anos que os moradores não escutam o som das sirenes. É um barulho alto, e que tem uma função muito importante para alertar a população quando há risco de alagamentos, inundações e desmoronamentos.

"Além de ajudar a preservar, é um alerta para os moradores. Principalmente para quem mora aqui no morro. É um morro que você sabe que precisa ser alertado," comentou a aposentada Antônia Maria Vitelme dos Santos.

Angra dos Reis tem um histórico de tragédia. Em 2010, 53 pessoas morreram nos deslizamentos que aconteceram na cidade. E quem perde com a falta das sirenes é justamente a população que fica sem o alerta que pode salvar vidas.

"Quando ocorreu a tragédia, nós estávamos em festa, era véspera de ano novo, muitas pessoas estavam acordadas. Com a sirene, seria um alarde maior para a população, né," explicou a comerciante Nábila Gomes da Silva.

No final de abril de 2016, foi anunciado o desligamento das sirenes na cidade. O motivo foi a falta de recurso do Governo do Estado para fazer as manutenções e manter os equipamentos funcionando.

Ao todo, 20 blocos de sirenes foram instalados nas áreas de risco da cidade em janeiro de 2014. Cinco milhões de reais foram gastos, mas as sirenes só funcionaram por um ano e sete meses.

A Defesa Civil calcula que cerca de 70 mil moradores de Angra vivem em área de risco. E as sirenes, se funcionassem, poderiam ajudar essas pessoas.

"As sirenes são de extrema importância porque elas não dependem de cadastro, telefone. É uma coisa comum, para qualquer pessoa," explicou o superintendente de gestão articulação da defesa civil, Silvio Henrique dos Anjos Junior.

Mesmo sendo tão importante, ainda deve demorar mais alguns meses para que o processo de licitação seja resolvido e as sirenes religadas.

"No caso dessa licitação do Governo do Estado, a gente tem informações que ela está bem adiantada. A previsão é que o estado consiga religar as sirenes. No caso do estado conseguir religar, o município não vai precisar dar sequência no procedimento licitatório. Mas a gente segue em paralelo, para evitar que a gente chegue no verão agora e se o estado não conseguir a população mais uma vez, fique sem esse serviço", completou Silvio Henrique.

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