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RIO DE JANEIRO

RJ foi o estado que mais perdeu postos de trabalho em 2020

Na contramão das quedas, o setor de óleo e gás fechou o ano com um crescimento de 7%.

Publicado em 30/03/2021 às 00:00

Rio é o estado do Brasil que perdeu mais postos de trabalho (Foto: Reprodução/TV Globo)

Um levantamento da Firjan indica que o Estado do Rio foi o que mais perdeu postos de trabalho no Brasil: de fevereiro do ano passado a janeiro deste ano, foram perdidos mais de 118 mil empregos com carteira assinada.

O resultado ruim foi puxado por uma queda de 4,8% no setor de serviços em 2020, segundo dados divulgados da Firjan. Esse setor, que inclui o comércio, é o principal motor da economia fluminense - responsável por 70% da geração de riqueza no estado. Foi a maior queda no setor de serviços da história do estado.

A Firjan utiliza, para o Rio, a mesma metodologia que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) usa para os números nacionais.

Na contramão das quedas, o setor de óleo e gás fechou o ano de 2020 com um crescimento de 7%. A produção recorde de 2,8 milhões barris de petróleo por dia garantiu os lucros da Petrobrás e um desempenho da economia do estado melhor do que a média nacional.

Segundo o levantamento, o PIB do Rio caiu 3,8% em 2020, contra uma queda de 4,1% do Brasil como um todo.

Os dados deixam claro que a queda da atividade econômica em 2020 foi algo que a gente nunca tinha visto antes”, afirma o gerente da Firjan Johnatas Goulart.

Construção Civil

A construção civil caiu 7,2% no estado. O setor ensaiou uma retomada no segundo semestre, mas os dados do fim do ano não foram animadores: foi o que mais fechou postos de trabalho na indústria do Rio.

A queda é pior para o trabalhador, porque os setores que mais geram empregos são os que mais encolheram.

Enquanto o Brasil conseguiu criar vagas em janeiro deste ano – cerca de 260 mil –, o mercado de trabalho formal no Rio ficou praticamente parado, com uma perda de aproximadamente 44 mil postos de trabalho.

O setor de serviços aqui é muito representativo, porque ele precisa de circulação de pessoas. Por exemplo, o setor de entretenimento, o setor de turismo, que são fortes dentro do Estado do Rio. E eles não conseguem funcionar sem a circulação e sem o contato físico entre as pessoas”, acrescenta Goulart.

Quando a gente pensa na recuperação em 2021, se nós mantivermos o cenário que nós estamos agora, nós vamos ter uma recuperação próxima de 2,9% ou 3%. Se a gente consegue acelerar a velocidade de imunização de uma parcela significativa da sociedade, a gente certamente vai ser surpreendido positivamente por um crescimento econômico mais forte em 2021”, afirma.

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