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Número de migrantes no Sul do estado aumenta com o fim de ano

Em Volta Redonda, então, tal movimento é ainda maior, pelo comércio forte e bem espalhado na cidade.

Publicado em 18/12/2017 às 05:00

Quem caminha pelos principais centros comerciais de Volta Redonda, no Sul do Rio de Janeiro, percebe que o fim do ano faz crescer o movimento nas lojas, bem como o número de pedintes e migrantes. Tecnicamente, são as “pessoas em situação de rua”. Outro fator que também contribui para este aumento, segundo a direção do DPES (Departamento de Proteção Especial), é alta na temperatura.

De acordo com a diretora do departamento, Larissa Fagundes Costa, no inverno os migrantes não se locomovem muito. A partir de outubro, no entanto, começa a aumentar o número de pessoas que perambulam pelas ruas. Em Volta Redonda, então, tal movimento é ainda maior, pelo comércio forte e bem espalhado na cidade. Isso faz crescer a demanda no Centro Pop (Centro de Referência Especializada para a População em Situação de Rua).

"Apesar de termos cadastrados cerca de 40 munícipes em situação de rua, em outubro este número aumentou para 130, onde 91 eram migrantes. Já em novembro, o Centro Pop registrou 136 pessoas em situação de rua, onde 110 eram migrantes. O município é bem procurado, porque além de ser a maior cidade da região, fica entre três grandes centros – Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Alguns municípios também orientam aos migrantes a buscarem Volta Redonda em razão do bom serviço assistencial. Também dizem que a população daqui é mais generosa e com isso é possível arrecadar mais dinheiro", afirma.

Segundo Larissa, a maioria dos migrantes alega que optam pela cidade de Volta Redonda antes de seguirem viagem para outro local, e acabam ficando por mais tempo para tentarem uma oportunidade de emprego ou ganhar algum dinheiro extra.

"No período em que permanecem na cidade, normalmente entre 10 a 15 dias para juntar algum dinheiro e se deslocar para outro local, os migrantes costumam buscar alguma ajuda no Centro Pop. Orientação, alimentação, banho, tirar documentação e ter acesso ao cadastro único para dar entrada ao “Bolsa Família”, além do acesso aos serviços de saúde do município. Muitos também nos procuram para conseguir passagem para o município mais próximo como Resende, Barra do Piraí, Barra Mansa e Piraí, no caso de passagem ao Rio, somente em casos excepcionais como no tratamento de saúde para pessoas em situação de rua", diz.

O DPES também tem um serviço de abordagem contínuo onde aborda as pessoas em situação de rua ou migrantes e oferece o serviço do Centro Pop.

"Pedimos às pessoas abordadas que se dirijam à unidade. Se ela não quiser ir naquele momento, a nossa equipe retorna outro dia. Para o caso das pessoas com transtorno mentais, o Centro Pop aciona o serviço conhecido como ‘Consultório na Rua’, que é formado por uma equipe constituída por um psicólogo, assistente social, médico e enfermeiro, que vão levar o tratamento de saúde para a rua. E caso necessário acompanhar aquele paciente para o Caps (Centro de Atendimento Psicosocial)", diz.

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