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RIO DE JANEIRO

Desemprego diante da pandemia bate recorde no RJ em setembro, aponta IBGE

Entre maio e setembro, aumentou em cerca de 405 mil o número de desempregados no estado, uma alta de 48%.

Publicado em 23/10/2020 às 02:00

Com flexibilização do isolamento social, mais pessoas voltaram a buscar uma oportunidade no mercado de trabalho, pressionando a fila do desemprego (Foto: Reprodução/ TV Globo)

O desemprego diante da pandemia bateu recorde no Rio de Janeiro em setembro. Dados divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o estado encerrou o mês com mais de 1,2 milhão de desempregados, cerca de 405 mil a mais que o registrado em maio.

O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho.

De acordo com a pesquisa, em maio Rio de Janeiro tinha 846 mil pessoas desempregadas. Assim, em cinco meses esse contingente aumentou em 48%.

A alta foi superior à média nacional, que foi de 33,1% no mesmo período.

Com esse aumento, a taxa de desemprego no Rio ficou em 16,1%, também acima da média nacional (14%). Em maio, essa taxa era de 11% no estado.

No mesmo período de cinco meses, o número de pessoas ocupadas no mercado de trabalho teve queda de 5% - eram cerca de 6,9 milhões em maio, caindo para 6,5 milhões em setembro, 300 mil a menos.

Segundo o IBGE, o aumento do desemprego foi puxado não somente pela demissão de quem estava ocupado, mas pelo maior número de pessoas procurando uma recolocação no mercado de trabalho diante da flexibilização do isolamento social.

Há um aumento da população desocupada ao longo de todos esses meses. Esse crescimento se dá em função tanto das pessoas que perderam suas ocupações até o mês de julho quanto das pessoas que começam a sair do distanciamento social e voltam a pressionar o mercado de trabalho”, explicou a gerente da pesquisa Maria Lúcia Vieira ao explicar a alta do desemprego no país.

Queda na informalidade

Ainda de acordo com o IBGE, houve redução de, aproximadamente, 204 mil trabalhadores informais no estado do Rio, uma queda de 9,4% em cinco meses. Esses trabalhadores somavam cerca de 2,2 milhões em maio, caindo para pouco menos de 2 milhões em setembro.

É considerado trabalhador informal aquele empregado no setor privado sem carteira assinada, doméstico sem carteira, trabalhador por “conta própria” sem CNPJ e empregador sem CNPJ, além de pessoas que ajudam parentes.

De acordo com o IBGE, a informalidade é a via de mais fácil acesso ao mercado de trabalho diante de uma crise como a provocada pela pandemia do novo coronavírus. A queda desse contingente no período, sugere, então, estagnação do mercado de trabalho.

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