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COMÉRCIO

Comerciantes sofrem com falta de moedas para troco em Resende

Segundo pesquisa do Banco Central, mais de 19% da população guarda moedas em casa por mais de seis meses.

Publicado em 26/07/2018 às 22:03

Comerciantes sofrem com falta de moedas para troco em Resende, RJ (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)

Um comportamento inocente, mas que atrapalha e muito a vida de lojistas da região: o hábito de guardar moedas em cofrinho. Elas não circulam e quem precisa dar troco tem que administrar esse problema.

"Guardei moedinha durante dois anos no porquinho. Enchi o tanque quando dei o carro para ela," contou Teresa Santos, auxiliar de enfermagem.

"Eu tenho uma caixinha de viagem e a gente coloca moedinha de R$ 1,00 e R$ 0,50. No final do ano, a gente costuma quebrar, né. Aí dá em torno de R$ 1 mil, R$700," contou a fisioterapeuta Isabela Rocha Brito.

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Banco Central, mais de 19% da população guarda moedas em casa por mais de seis meses. Além disso, 56% usam o dinheiro guardado no cofrinho para fazer compras e realizar pagamentos.

"Dependendo do tanto que consegui juntar, né. O meu filho gosta muito de jogo eletrônico, então acaba comprando coisas na internet. Aí eu uso meu cartão e ele me dá as moedas como troca pelo dinheiro que comprei no cartão. Porque os jogos são todos no cartão de crédito, né," contou a assistente social Bianca Marques Cardoso do Prado.

"Minha netinha que guarda e o estímulo da gente é incitá-la, incentivá-la a guardar um dinheiro para poder ter para gastar, né. Porque nada é de graça. Quando chega no final do ano que ela pede alguma coisa, ela vai e pega o dinheirinho que ela guardou," contou a médica Silvana Fernandes Espíndola.

E essa situação acaba prejudicando o comércio, que muitas vezes fica sem troco.

"Não tem moeda e a gente tem que arredondar o preço," contou uma comerciante.

"A falta de moeda é um caso sério. Tem hora que tem um monte, mas na maior parte do tempo, tem pouquíssima. E a gente tem que ficar fazendo manobra com troco, pedir para o freguês facilitar no troco e a gente vai se virando, mas que está faltando, está," explicou a feirante Maria Aparecida Mendes de Azevedo.

Paulo é feirante há mais de 15 anos e conta que muitas vezes tem que tirar os centavos das vendas porque não tem moeda. Ou então, oferecer um produto como troco.

"Se der R$ 3,90 aqui, a gente dá uma banana a mais, uma laranja, uma ponkan. Tem vez que dá R$ 3,45, a gente cobra R$ 3. Perde 45 centavos na venda, porque não tem moeda," explicou o feirante Paulo Cesar Quintanilo.

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