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DOCUMENTÁRIO

Produtora lança documentário sobre estações ferroviárias

Até o fim do ano, o filme que aborda a história das ferrovias do Sul-Fluminense também será exibido em circuito em Areal, Barra Mansa e Barra do Piraí.

Publicado em 24/07/2023 às 20:00

Produtora lança documentário sobre estações ferroviárias (Foto: Divulgação)

O premiado documentário “Entroncamentos: Vida e Memória nas Estações Ferroviárias do Vale do Paraíba”, da Quiprocó Filmes, que aborda a ascensão e o declínio do transporte ferroviário na região do Vale do Paraíba fluminense, entrará em circuito no interior do estado do Rio de Janeiro.

A estreia será no dia 26 de julho, às 19h, em sessão gratuita no Teatro Sesc Rosinha de Valença. E nos dias 25 e 26, das 14h às 18h, os diretores e roteiristas do longa, Gabriel Barbosa e Fernando Sousa vão conduzir uma Masterclass sobre argumento, direção, roteiro e pesquisa no cinema documentário, destinada a todos os interessados em conhecer a linguagem cinematográfica.

Todas as atividades são gratuitas. As vagas para a Masterclass são limitadas e as inscrições já estão abertas pelo formulário (clique aqui).

No dia 26, após a exibição do filme, Gabriel e Fernando também participam de um bate-papo que vai revelar curiosidades sobre o processo criativo e de produção da obra, que exalta parte da história da região, mostrando como se formou o maior entroncamento ferroviário da América Latina. O documentário ainda será exibido gratuitamente, com a realização de novas Masterclasses, em outras cidades até o fim do ano: Areal, Barra Mansa e Barra do Piraí, num circuito que tem iniciativa do Sesc RJ, em parceria com a Quiprocó Filmes.

O filme “Entroncamentos”, primeiro longa da Quiprocó Filmes, teve sua estreia internacional no Festival de Buenos Aires; foi exibido no Sydney Australian Film Festival (SAFF); no 46º Encontro da Associação Nacional de Pesquisa em Pós-Graduação em Ciências Sociais, a ANPOCS; no Festival Visões Periféricas; e no IX Festival Internacional de Cinema em Língua Portuguesa (Lisboa), onde recebeu o prêmio de melhor roteiro na categoria de documentários longa-metragem.

O documentário traz uma narrativa construída a partir de entrevistas e vasto material de arquivo de cinejornais, fotografias, mapas e litogravuras. Em meio a esses registros heterogêneos e às ruínas das estações ferroviárias, a narrativa é costurada pela experiência dos personagens, suas reminiscências de relações de amizade, afetos, paixões e tensões forjadas nos trilhos do trem.

Muitos trabalhadores dessas estações – hoje sucateadas e fora de funcionamento – ainda moram no seu entorno, o que nos permite vislumbrar uma forte relação ainda não rompida com esses lugares, que são centrais para a formação social da região do Vale do Paraíba e do Estado do Rio de Janeiro”, afirma Gabriel Barbosa, que é nascido e criado em Barra do Piraí.

As histórias dos personagens envolvidos diretamente com as estações e o vasto material de arquivo são o fio condutor do documentário. A Estrada de Ferro D. Pedro II, uma das primeiras linhas férreas do Brasil, tinha como objetivo inicial escoar a produção de café do Vale do Paraíba e, posteriormente, contribuir para estruturar a industrialização da região no século XX. Assim, diversas cidades nasceram ao longo do seu traçado, consolidando um estilo de vida intimamente ligado ao trem e às estações.

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