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HISTÓRIA

Alunos têm aula inusitada em cemitério para aprender sobre a história de Resende

Mais de 100 alunos já participaram do projeto.

Publicado em 10/10/2018 às 08:31

Alunos de Resende aprendem história em cemitério (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)

Imagine participar de um projeto de educação desenvolvido dentro de um… cemitério. Isso mesmo. Alunos de Resende, no Sul do Rio de Janeiro, estão estudando História com passeios entre os túmulos.

Essa aula em um lugar, digamos, diferente como o Cemitério Alto dos Passos, no bairro de mesmo nome, para muitos dos alunos é uma experiência exótica.

Pra gente é diferente, pra não ficar só dentro da sala de aula e aprender o que tem lá [fora]. Ver as coisas que aconteceram no nosso passado é muito divertido”, explicou a estudante Priscilla Moreira, de 13 anos.

Normalmente a gente fica dentro da sala, e aqui a gente está vendo realmente a cultura da nossa escola, o que já aconteceu, a cultura de Resende. Então, está sendo muito legal”, disse Nayara Andrade, de 16 anos, que também é aluna.

Aparentemente, pode ser difícil enxergar um cemitério como um lugar capaz de oferecer conteúdos para uma aula. Mas a visita pode ser mais interessante do que se imagina. Uma verdadeira aula de História e cultura.

Aqui a gente tem o primeiro mausoléu construído, da Maria Benedita, que foi nossa rainha do café em Resende. A gente tem o Luis Pistarine, poeta nosso. A gente tem também o túmulo da Santa Eni, muito visitado na época de finados aqui em Resende. E a gente ainda está levantando mais, porque com certeza a cidade tem muitas pessoas importantes, pessoas que influenciaram a história de Resende”, detalhou a guia turística, Carina Tristão.

A ideia partiu da Carina e de uma amiga dela, durante um curso de turismo. E hoje é desenvolvido de forma voluntária. Todos os alunos da rede pública e privada podem participar.

A gente está correndo atrás de realizar esse projeto também, que junto com ele viesse mais cultura para Resende, para todas as pessoas. Que a gente conseguisse tirar aquele lado sombrio, por isso ele [o projeto] se chama ‘Arte Sobre as Sombras’”, contou Carina.

A visita ao cemitério dura em média uma hora e, para se ter uma ideia, mais de 100 alunos já participaram desse projeto. Segundo a professora, muita coisa mudou na vida deles depois que começaram a fazer esse passeio cultural.

Eu espero que mude a visão preconceituosa que muitas pessoas têm a respeito do cemitério”, opinou a professora Rosineia de Oliveira.

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