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RIO DE JANEIRO

Witzel deve prestar depoimento nesta quinta à PF no RJ sobre contratos na saúde

Depoimento será sobre a suspeita de corrupção em contratos emergenciais durante a pandemia do coronavírus.

Publicado em 09/07/2020 às 00:30

Movimentação da Polícia Federal no Palácio Laranjeiras (Foto: Reprodução/TV Globo)

O governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, é esperado para prestar depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (9), em alguma das sedes da PF no Rio.

O depoimento será sobre a suspeita de corrupção na área de saúde em contratos emergenciais durante a pandemia do coronavírus. Witzel também deve ser ouvido na sexta (10). 

Pela manhã, em Nova Friburgo, ele se defendeu das acusações:

"Vou prestar no momento oportuno as explicações. São dois inquéritos que querem que eu preste depoimento (...) Um dos inquéritos trata de uma investigação a respeito da atividade da Polícia Militar e da Polícia Civil no Rio de Janeiro. O procedimento que está no STJ é a respeito dos gastos da pandemia. Então, todos os esclarecimentos estão sendo prestados. Eu, como disse aqui, não tenho absolutamente nada a esconder. Eu não tenho participação com nenhuma empresa. No momento que eu tiver que dar o depoimento, será exatamente nesse sentido. Não tenho nenhuma relação com essas pessoas que estão sendo investigados, não tenho nenhuma relação com as empresas. As empresas, muito pelo contrário, tenho sido muito duro com as empresas. E aquelas que realmente praticaram irregularidade... Tem que tomar as providências necessárias."

No dia 26 de maio, a Polícia Federal desencadeou a Operação Placebo, que investiga desvios de verba na saúde em ações que visavam o combate à Covid-19. Foram 12 mandados de busca e apreensão, um deles no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador e da família dele.

Outro mandado foi cumprido na casa dele, no Grajaú, na Zona Norte.

Além de documentos, os policiais federais apreenderam os celulares de Witzel e da esposa dele, Helena Witzel, que também deve prestar depoimento.

A investigação aponta que o contrato com a Organização Social Iabas, de R$ 835 milhões, tem irregularidades. A OS foi contratada de maneira emergencial para construir sete hospitais de campanha em meio à pandemia.

Além do depoimento do governador, nesta quinta também começa a contagem do prazo para que Witzel apresente a sua defesa no processo de impeachment aberto pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Ele tem o prazo de dez sessões plenárias para apresentar a defesa, que começa a valera nesta quinta-feira. O prazo acaba dia 30 de julho.

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