A
pequena Antônia, de 4 anos, foi diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal uma
doença degenerativa que afeta o sistema nervoso. Desde então, a família encara
uma verdadeira luta para conseguir o medicamento que pode melhorar a qualidade
de vida dela.
“A
partir dos seis meses ela começou a perder todos os movimentos do corpo e se
chegou a esse diagnóstico com 1 anos e 2 meses de idade”, explicou a mãe da
Antônia, Bruna Vidal.
A
doença impõe uma série de limitações. Mesmo assim, os pais fazem de tudo para
socializar a filha. Ela estuda em uma escola regular e desperta o carinho de
amigos e professores.
“A
cada dia ela nos mostra o quanto é importante acreditar. Num sorriso, numa
brincadeira, ela identifica comandos, cores. Ela não falava, não cantava e agora
a cada dia a gente vem vendo o desenvolvimento dela”, disse a diretora Flávia
Gonçalves Real.
A
doença não tem cura, mas um novo método alimenta a esperança de uma melhor
qualidade de vida dos pacientes. O medicamento age nas células motoras e pode ajudar
no tratamento da Antônia.
O
valor de cada ampola é R$ 400 mil. Apenas no primeiro ano de tratamento ela
precisaria de seis aplicações. Por isso, a família entrou na Justiça para que o
governo forneça o medicamento de graça.
No
dia 12 de março o juiz da Terceira Comarca da Vara Federal de Volta Redonda,
Bruno Otero Neri, negou o medicamento à família, alegando que o caso não era
urgente e recomendando um tratamento alternativo.
“Em
anos da doença não se teve nem um outro remédio que se chegou tão perto de
resultados positivos. Esse medicamento é a esperança não só da antônia mas de
todas as famílas do Brasil que lutavam ano após ano querendo melhores
condições”, comentou Bruna.
A
mãe publicou um vídeo lamentando a negativa da Justiça. A publicação atingiu
mais de 4 milhões de visualizações nas redes sociais. A ágan que divulga o caso
de Antônia na internet tem mais de 5,6 mil fãs.
Três
dias depois, ele revisou a sentença e voltou atrás. Na nova sentença, uma
liminar, o juiz afirma que a criança corre risco de morte e determina que o
governo forneça o medicamento. Agora, a União tem até 30 dias para providenciar
o remédio para a pequena Antônia.
"A gente espera que ele cumpra esse prazo e que daqui há 30 dias a antônia venha a receber a primeira dose da medicação. É um tratamento que ela vai ter que fazer pelo resto da vida dela, mas que tem bons resultados", disse a mãe.
A produção do RJ entrou em contato com o Ministério da Saúde para saber a posição do Governo Federal, mas não teve retorno.
Veja abaixo a matéria apresentada no RJTV.