A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou na quinta-feira (4) que detectou variantes da Covid-19 em 62,7% das amostras coletadas no Rio de Janeiro.
O protocolo adotado detecta mutação comum em três das ‘variantes de preocupação’. São elas:
- P1, identificada inicialmente no Amazonas;
- B.1.1.7, no Reino Unido; e
- B.1.351, na África do Sul.
Um comunicado técnico do Observatório Covid-19 Fiocruz foi emitido pela fundação para alertar sobre uma dispersão geográfica no território das chamadas ‘variantes de preocupação’. De acordo com o levantamento, foi detectada uma alta presença de variantes nas três regiões do Brasil avaliadas: Sul, Sudeste e Nordeste.
A publicação alerta para um cenário preocupante já que as variantes têm perfil “potencialmente mais transmissível” e há ainda a ausência de medidas que possam ajudar a conter a propagação e circulação do vírus.
De acordo com o Observatório, a alta circulação de pessoas e o aumento da propagação do vírus (Sars-Cov-2) tem favorecido o surgimento de ‘variantes de preocupação’ no Brasil.
A avaliação apurou cerca de mil amostras dos estados de Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A avaliação contou com o apoio do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e da Coordenação Geral de laboratórios de Saúde Pública.