A Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Sul do Rio de Janeiro, viveu no sábado (17) um dia histórico: pela primeira vez, mulheres passaram pelo portão monumental para serem preparadas para a carreira militar. Dos 413 novos cadetes do Exército, 34 são do sexo feminino.
Logo na cerimônia de recepção, Emily Braz, de 18 anos, foi a escolhida para receber a chave da academia. "Eu sempre tive uma admiração muito grande porque meu pai é militar. Aí, quando surgiu a oportunidade, eu me interessei pelo pioneirismo. Fui procurar saber e gostei bastante", contou Emily.
"É muito, muito orgulho. Hoje, vendo ela abrir os portões, nossa! Não tem palavras. Eu sempre acreditei muito na minha filha. Ela é muito forte", disse a mãe dela, Eliane Braz.
A partir de agora, as mulheres se preparam para serem combatentes da mesma forma que os homens. Durante a trajetória na carreira militar, elas podem chegar até ao comando do Exército.
"É com muita alegria que nós as recebemos. Nós sabemos que a mulher traz sempre um toque diferente por onde passa. Então, uma academia, que é uma escola de formação de líderes, de combatentes, lidando com o sexo feminino, vai se adaptar e vai colher muitos frutos", comentou o subcomandante da Aman, Paulo Roberto Coriolano.
Após os quatro anos de curso, os novos cadetes vão escolher a área que vão atuar durante a carreira militar.