O distrito de Conservatória, em Valença, RJ, sediou na quarta-feira (10) a decisão do concurso estadual de qualidade do café. O evento foi organizado pelo Sebrae e reuniu sete jurados, que analisaram as cegas, o aroma e o sabor de cafés de categoria especial, e deram notas de acordo com as características de cada bebida.
"Foram avaliados a presença de defeitos, ou a ausência, que para chegar aqui teria que ser amostras isentas de defeitos com padrão de umidade adequado e correto para um bom armazenamento. Um bom aspecto na cor e peneira, que é um aspecto importante para o mercado de cafés especiais", explicou o especialista em café, Flávio Borem.
O concurso aconteceu em uma fazenda histórica do distrito. O objetivo é dar visibilidade e colocar o Rio de Janeiro no cenário nacional da produção de café. O estado que já foi um dos maiores produtores perdeu o espaço ao longo dos anos e a proposta é retomar esse lugar de destaque.
"Sensibilizamos alguns empresários da região para introduzir pequenas áreas em suas propriedades para produzir café. Além de uma qualidade superior vai vender também a história e a tradição da região como produtora de café", explicou a gestora do Sebrae, Lídia Spíndola.
Ao todo, 54 produtores do estado se inscreveram no concurso. Durante um mês foram avaliados quesitos, como por exemplo o tipo de grão. As etapas foram eliminatórias até chegar a definição dos finalistas.
Foram seis do noroeste do estado e quatro da região serrana. Em terceiro lugar, empate entre os produtores das cidades de Varre-Sai, no noroeste do estado e Nova Friburgo, na região serrana.
Outra produção de Varre-Sai conquistou o segundo lugar. O grande campeão foi o café de São José do Vale do Rio Preto, na região serrana. "O resultado de muito, muito empenho, muito amor por isso que a gente faz", destacou o vencedor do concurso, Paulo Tassinari.
Os finalistas receberam selos e certificados de qualidade. O concurso atraiu também interessados no leilão para compra dos lotes ganhadores.
