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AUTISMO

Associação de Barra Mansa faz trabalho de conscientização sobre autismo

Encontro mensal é realizado com pais e familiares de crianças com autismo para tirar dúvidas.

Publicado em 18/04/2018 às 22:01

No começo do mês foi realizada a 4º edição da caminha de conscientização e inclusão no Centro de Barra Mansa (Foto: Divulgação)

Na caminhada também abordamos a questão do preconceito que ainda é muito forte e também a questão do governo, que hoje não tem nenhum atendimento específico para o autista (Foto: Divulgação)

Desde 2015, a Associação Autismo e SuperAção (AASA) realiza trabalho, sem fins lucrativos, para autistas da região Sul Fluminense. Atualmente, a associação conta com mais de 150 pessoas participando do grupo, entre eles pais e familiares de autistas. De acordo com a idealizadora do projeto Eliane Policiano, a associação tem como intuito conscientizar as pessoas sobre o autismo, que mesmo nos dias de hoje, o tema ainda continua desconhecido. Todo mês é realizado um encontro para que as pessoas possam tirar dúvidas, sejam elas pais ou até mesmo estudantes.

"Nós chamamos o encontro de “desabafo” ou “acolhimento”, e o Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), tem uma parceria conosco sediando o espaço para que a gente possa fazer esses encontros.  Nesses encontros, os pais são recebidos e nós sempre levamos um profissional da área para tirar dúvidas de questionamentos que os pais têm e também de profissionais ou acadêmicos que tenham perguntas, que queiram participar", explicou a idealizadora do projeto Eliane Policiano.

Eliane ainda comenta sobre os projetos que a associação realiza, entre eles visita a escolas, com a finalidade de orientar sobre o comportamento no ambiente escolar e que tipo de projeto se deve fazer para trabalhar com o autista. “Também já participamos de atividades em faculdades, dando oficinas e informações sobre autismo, além de meios de comunicação para falar sobre o assunto, explicou, acrescentando que realiza atividades culturais, palestras, encontros, seminários com médicos e terapeutas”, disse.

Caminhada

No começo do mês foi realizada a 4º edição da caminha de conscientização e inclusão no Centro de Barra Mansa. De acordo com a idealizadora do projeto Eliane Policiano, a  caminhada tem como objetivo conscientizar a população sobre o autismo e suas necessidades.

"Realizamos uma caminhada para chamar a atenção da população para o tema autismo, para dizer que os autistas estão aí, que o número cresce a cada dia e principalmente, as necessidades, pois o autista ele não tem uma aparência física da deficiência dele. Muitas pessoas questionam as atitudes dos autistas nos meios em que eles vivem, quando eles fazem birra, ou quando  não aceitam entrar em certos lugares. As pessoas criticam e apontam", comentou.

Eliane ainda aponta sobre a questão do preconceito, que, segundo ela, mesmo nos dias de hoje, por falta de informação ainda ocorre em diversos lugares.

"Na caminhada também abordamos a questão do preconceito que ainda é muito forte e também a questão do governo, que hoje não tem nenhum atendimento específico para o autista. Tenho um filho de 14 anos que tem autismo e já sofremos muitos preconceitos. Hoje uma das principais frases que nós levamos é 'a informação derruba o preconceito', pois a informação é a melhor forma de tratamento para o autismo, pois a pessoa não vai deixar de ser autista. O autismo faz parte daquilo que a pessoa é. O que vai melhorar é o modo que as pessoas olham para a pessoa, as intervenções  e os tratamentos que ela vai ter", explicou.

Participantes da associação

Desde o ano passado, Roberta Bachur, que é mãe do Matheus de 4 anos e que tem autismo, frequenta a associação. De acordo com ela, o trabalho feito na associação é importante para a sociedade.

"Me juntei a esse grupo com propósito de unir forças, pois acredito muito nesse trabalho e sei o quanto é importante para melhorar qualidade de vida dos autistas. A associação leva informações à sociedade,  dá apoio às famílias dos autistas e vem lutando para conseguir um espaço para abrir um centro de atendimento especializado para eles", explicou.

Há um ano e meio, Veronica da Silva Rosa Costa recebeu a notícia de que seus filhos, uma menina de 11 anos e um menino de 7 anos, foram diagnosticados com síndrome de Asperger. Desde então, a associação começou a fazer parte na vida das crianças.

"A partir do momento que recebi o diagnostico, começou a luta para conseguir  tudo que eles precisavam, desde as  terapias até o  acompanhamento na escola. E com a ajuda da associação, consegui que meu filho tivesse uma agente de apoio dentro de sala de aula com ele. Também fui orientada sobre a questão do passe livre para o transporte e sobre a LOAS", disse, salientando que só tem que agradecer pela ajuda e orientações que tem recebido da associação.

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