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ELEIÇÕES 2018

Witzel recebia auxílio-moradia quando era juiz mesmo tendo casa própria

Em setembro, ao G1 e à CBN, candidato afirmou ser contra benefício.

Publicado em 12/10/2018 às 22:18

Wilson Witzel em entrevista ao G1 e à CBN (Foto: Marcos Serra Lima/G1)

Uma reportagem da Folha de S.Paulo aponta que o candidato ao governo do Rio pelo PSC, Wilson Witzel, recebeu auxílio-moradia quando era juiz federal mesmo tendo casa própria.

Segundo a reportagem publicada no site do jornal, dados do Conselho Nacional de Justiça apontam que Witzel recebia R$ 4.377 pelo benefício apesar de ser dono de uma casa no Grajaú, na Zona Norte do Rio.

A casa foi comprada em 2004, quando Witzel morava no Rio. Ele se mudou para o Espírito Santo e retornou em 2011. Foi parcialmente financiada, tendo sua quitação comunicada ao registro de imóveis, em agosto deste ano.

Ainda segundo a Folha, não há ilegalidade em receber o benefício, embora magistrados reconheçam o constrangimento com o pagamento dele.

A reportagem diz que Witzel recebeu o benefício até fevereiro deste ano, um mês antes de largar a magistratura. Como pediu exoneração, ele não recebe aposentadoria de juiz federal.

O site do Tribunal Regional da 2ª Região, onde estão disponibilizados os vencimentos desde 2010, não detalha os benefícios recebidos. Segundo a Folha, o auxílio-moradia faz parte do grupo de verbas indenizatórias dos magistrados, não sendo possível identificar o pagamento deste item específico, e que os valores totais, no entanto, são coincidentes pelo CNJ.

Em setembro, durante a série de entrevistas do G1 e da rádio CBN, Wilson Witzel disse que não concorda com o auxílio-moradia.

Nesta quinta-feira (11), o candidato disse que o auxílio-moradia está previsto na lei orgânica da magistratura e que ele, como um ex-juiz, defende que o Congresso Nacional discuta com a população as alterações na lei.

Witzel afirmou ainda que, caso ele tivesse apego a privilégios, não teria deixado de ser juiz, uma função pública e com aposentadoria garantida – que ele perdeu ao pedir exoneração –, para ser candidato a governador e se colocar à disposição da população do Rio para solucionar os graves problemas que o estado enfrenta.

O candidato disse ainda que não usou o auxílio para pagar financiamento da casa onde mora.

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