Portal da Cidade Vassouras

ELEIÇÕES 2018

Witzel faz caminhada no Rio e fala sobre declaração polêmica do filho

Candidato afirmou que respeita as ideias políticas e quem o filho é.

Publicado em 09/10/2018 às 02:28

Witzel faz caminhada em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio (Foto: Bruno Albernaz / G1)

Stories publicada por Erick após a definição do 1° turno das eleições (Foto: Divulgação)

Wilson Witzel cumprimentou eleitores na Zona Oeste do Rio nesta terça (9) (Foto: Bruno Albernaz / G1 Rio)

No primeiro dia oficial de campanha, o candidato do PSC ao Governo do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, caminhou pelo Centro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, na manhã desta terça-feira (9). Ele conversou com eleitores, tirou fotos com apoiadores e respondeu os questionamentos dos jornalistas sobre a postagem em rede social do filho Erick Witzel, que demonstrou ser contrário aos pensamentos políticos do pai.

Após as eleições de domingo (7) e a ida para o segundo turno dos candidatos ao Governo do Rio, entre eles Wilson Witzel, e dos candidatos à presidência da República, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, Erick Witzel postou no Instagram: “Seguimos rindo para não chorar, porque a vontade é sumir. Um dia triste para a história do nosso estado e do nosso país”, disse o filho mais velho de Witzel, que é transgênero.

Durante agenda de campanha nesta manhã, o candidato afirmou que respeita o posicionamento político do filho e que o jovem tem todo direito de discordar do seu.

"Lá em casa tem flamenguista, tem vascaíno, tem corintiano, e meu filho tem a opinião política dele. Eu não sei exatamente o que foi dito, mas ele tem a opinião política dele e eu respeito. Eu respeito tudo que me filho pensa. Posso não concordar, mas eu respeito, e vou defender até o fim o direito dele de discordar. A democracia é assim. Eu não prego a intolerância, eu prego a tolerância. Se ele pensa diferente de mim, eu agradeço a ele por ter opinião própria e ser independente. Não precisam (os filhos) cumprir o que eu mando, mas eles precisam entender o que eu estou falando”, garantiu o candidato.

Witzel conseguiu uma vitória surpreendente para quem começou as pesquisas, em agosto, com apenas 1% das intenções de voto. Até sábado (6), as pesquisas indicavam que Romário, do Podemos, iria para o segundo turno. O Ibope indicava Paes com 32%, Romário, 20%, Indio e Witzel, 12%. Já o Datafolha indicava Paes com 27%; Romário e Witzel com 17%. O candidato do PSC, no entahnto, chegou ao segundo turno com 41,28% dos votos válidos.

Eu e meu filho conversamos sobre muita coisa e pouco sobre política. Ele sabe da minha posição do ponto de vista ideológico, posição de direita, e o que eu tenho visto hoje, é que ele tá preocupado mais com o aprimoramento dele na gastronomia, preocupado mais com a vida dele, a gente conversa pouco sobre política. Nem comida pra mim ele tem tido oportunidade pra fazer. Ele trabalha num hotel durante a madrugada, um jovem que está buscando seu espaço no mercado e eu respeito muito quem ele é”, disse Witzel.

Witzel fala em dar voz de prisão em caso de injúria

Wilson Witzel reclamou sobre a divulgação de informações falsas e atacou o candidato Eduardo Paes, caso o ex-prefeito do Rio cometa algum crime de injúria contra o candidato do PSC.

O crime de injúria, é um crime de pequeno potencial ofensivo. Está sujeito sim a voz de prisão. O que eu tenho dito é que política no Brasil hoje tem sido feita de uma forma irresponsável. Essas fake news que estão sendo apresentadas aí. Nós não precisamos mais de intolerância. Nós precisamos de mais debates sim, mas respeitar as opiniões contrárias. Esse tipo de fakenews, só pode sair de um lado, do lado do candidato opositor. Eu quero dizer que esse tipo de política destrutiva eu não vou admitir. Se for praticado crime de injúria, durante programa de televisão, nós vamos parar na delegacia", afirmou.

Também nesta terça, sobre acusações de que seria responsável por informações falsas conta Witzel e sobre a possibilidade de sofrer com o mesmo problema, Paes afirmou:

"Vou ouvir a calúnia dele, a injúria dele, não vou dar voz de prisão, e vou dizer: é uma mentira. Enfim, não vou prendê-lo por calúnia, injúria e difamação, vou ouvi-lo sobre essa acusação infundada e dizer que é uma mentira. Agora, vai ter que aprender sim que as luzes são jogadas sobre quem é candidato. Sai da sombra, acendem os refletores e todos nos vamos ser inquiridos sobre aquilo que a gente fez. A imprensa cumpre esse papel permanentemente”.

Na agenda de campanha desta terça, Witzel enfatizou que está muito contente com essa nova etapa da caminhada. “Vocês acabaram de ver o carinho que a população do estado do Rio está demonstrando a nossa eleição. E eu fico feliz porque esse é um resgate da cidadania. Aquilo que faz com que eu acredite cada vez mais que nosso Rio de Janeiro tem jeito e que o sacrifício que eu fiz, de deixar o cargo de um juiz federal, para poder mergulhar em uma campanha política, está agora sendo recompensado pelo carinho da população. É mais do que isso, eles têm conversado comigo sobre minhas propostas de segurança, de saúde, os médicos tem conversado comigo. Além das minhas propostas sobre educação.”

Deixe seu comentário