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ELEIÇÕES 2018

Wilson Witzel diz que sua ida ao 2º turno é 'resposta da população pela mudança

'Tenho certeza que vamos consolidar essa vitória no fim do segundo turno', afirmou o candidato do PSC.

Publicado em 08/10/2018 às 08:36

Wilson Witzel segura a bandeira do Rio de Janeiro após o resultado do primeiro turno (Foto: Nicolás Satriano/G1)

Wilson Witzel, do PSC, conversou com jornalistas logo depois de ser oficializado como o candidato a governador mais votado no primeiro turno no Rio de Janeiro. Com 3.154.752 votos (41,28%), ele conseguiu uma virada na reta final e disputar o segundo turno com Eduardo Paes (DEM), que teve 1.494.752 votos (19,56%).

"Uma resposta clara da população pela renovação", explicou o candidato, que recebeu apoio do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). "Tenho certeza que vamos consolidar essa vitória no fim do segundo turno. "

A virada de Witzel ocorreu nos últimos dias e contrariou pesquisas que, até sábado (6), indicavam que Romário, do Podemos, iria para o segundo turno. O Ibope indicava Paes com 32%, Romário, 20%, Indio e Witzel, 12%. Já o Datafolha indicava Paes com 27%; Romário e Witzel com 17%.

De 1% a 41%

Witzel começou a corrida eleitoral com apenas 1% na primeira pesquisa Datafolha, de 22 de agosto. Já Eduardo Paes (DEM) começou liderando a campanha em empate técnico, com dois pontos percentuais de diferença (18% x 16%) para Romário — a margem de erro era de 3%.

"A aliança nossa é com o povo do Rio de Janeiro. Até o dia 3 de março, eu só tinha o voto da minha esposa e do pastor Everaldo", disse.

Witzel cita equilíbrio, conhecimento e conteúdo como diferenciais da campanha.

"A população estava cada vez mais carinhosa, cada vez mais próxima. Nós não conseguimos, né? Cláudio andou muitas vezes comigo nas feiras e a gente quase não conseguia caminhar. Os votos de carinho, de apreço. 'Olha, eu vou votar em você, a minha família vai votar em voce. Não me decepcione. Não me decepcione'. Foi o que eu mais ouvi", contou.

Caso Marielle

Questionado, Witzel disse que, se for eleito (e o caso ainda não tenha sido solucionado), determinará rigor na apuração do assassinato da vereadora Marielle Franco, morta em março deste ano.

Recentemente, o candidato ao Palácio Guanabara esteve num ato com apoiadores que exibiram uma placa de homenagem a Marielle destruída. O objeto foi retirado da Cinelândia por dois homens, um deles era o candidato do PSL Rodrigo Amorim, eleito deputado estadual nesta eleição. Amorim, inclusive, acompanhou Witzel durante a coletiva de imprensa nesta noite.

"A investigação, nesse caso [Marielle], será tratada exatamente como qualquer outro caso. Eu fui juiz criminal, tenho muita experiência para passar para os delegados. Os delegados já disseram, inclusive, que vão ter um governador para tirar dúvida. Eu sou professor de direito penal, a minha esposa foi minha aluna. E o que eu quero dizer é que os delegados terão orientação, nós vamos criar uma universidade da polícia. Tanto para poder aprimorar praças e oficiais da Polícia Militar, quanto guardas municipais. Então, nós vamos aprimorar a investigação para reduzir e apurar com rigor. Nós vamos ter que dar mais efetividade às investigações em relação a homicídios."

Ex-juiz federal

Wilson Witzel tem 50 anos. Nasceu em Jundiaí, São Paulo. É doutorando em ciência política, mestre em processo civil e professor universitário.

Witzel é casado e pai de quatro filhos. Já foi fuzileiro naval, defensor público e também juiz federal por 17 anos.

Entre suas propostas, está a de acabar com a secretaria de Segurança e criar um gabinete integrado entre as polícias Civil e Militar e o governador. Witzel critica a intervenção federal por acreditar que as Forças Armadas devem patrulhar as fronteiras, não as cidades. Ele diz que, se eleito, vai autorizar a PM a abater qualquer pessoa que estiver portando um fuzil.

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