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RIO DE JANEIRO

Na posse, Witzel promete retomar crescimento e combater corrupção e violência

Governador chorou na execução do Hino Nacional e no discurso, que durou cerca de 20 minutos.

Publicado em 02/01/2019 às 02:25

Witzel chora na execução do Hino Nacional (Foto: Reprodução/GloboNews)

O ex-juiz federal Wilson José Witzel tomou posse nesta terça-feira (1) como governador do Estado do Rio de Janeiro, em cerimônia na Assembleia Legislativa (Alerj), no Centro. Em seu discurso, se referiu a traficantes como narcoterroristas - "e como terroristas serão tratados". Também prometeu retomar o crescimento via geração de emprego.

O governador chegou por volta das 8h40 à Alerj, acompanhado do vice-governador, Cláudio Castro, da mulher, Helena, e de três dos quatro filhos. Marcada para as 8h30, a cerimônia começou pouco antes das 9h, ao som da banda dos Fuzileiros Navais e suas gaitas de fole.

Witzel se emocionou ao ouvir o Hino Nacional e, por volta das 9h15, fez o juramento já como governador do estado. Em seguida, discursou pela primeira vez no novo cargo.

Principais pontos do discurso:

  • combater tráfico, homicídios, lavagem de dinheiro e corrupção;
  • reestruturar a polícia e criar um conselho de segurança;
  • dar segurança jurídica e credibilidade para atrair investidores;
  • fortalecer e expandir o turismo, o "novo petróleo" do estado;
  • melhorar as condições de trabalho dos servidores;
  • racionalizar custos e obter mais recursos para os municípios;
  • buscar apoiar o Governo Federal no processo de mudanças de ordem tributária, previdenciária e econômica;
  • fortalecer a cultura "em toda sua diversidade" e a educação, que será tratada como "política pública estratégica";
  • retomar crescimento econômico com geração de renda e emprego;
  • fomentar a produção agrícola no interior e reduzir importações.

"Tomo posse hoje como governador do Estado do Rio de Janeiro, graças ao desejo de mudança da população. Meu primeiro agradecimento é ao povo (...) Nossa tarefa será racionalizar os custos e obter mais recursos para os municípios", disse Witzel durante o discurso.

Ao falar da esposa, Helena, voltou a se emocionar e provocou lágrimas também na mulher. “Minha eterna gratidão, meu amor, pelo seu apoio incondicional, a mim e aos nossos filhos.

Combate ao crime e à corrupção

Witzel prometeu combater a corrupção e o narcotráfico, com a reorganização da polícia e a criação de um conselho de segurança – ele já havia anunciado o fim da Secretaria de Segurança e a criação de duas secretarias, de Polícia Civil e de Polícia Militar. O governador disse que um dos seus objetivos será lutar contra o crime organizado e a lavagem de dinheiro que financia o crime.

A instalação de um conselho de segurança vai aproximar as instituições, permitindo que a segurança não seja apenas um caso de polícia (...) São narcoterroristas, e como terroristas serão tratados (... ) É chegada a hora de libertar o Estado da irresponsabilidade e da corrupção, que marcaram as últimas duas décadas da política estadual."

Disse também que cabe ao estado garantir a credibilidade e segurança jurídica aos investidores, voltou a dizer que o turismo é o "novo petróleo" do Rio e mandou um recado aos secretários nomeados por ele.

O governador finalizou o discurso citando Carlos Lacerda: "Deixou inegável legado de desenvolvimento a este estado. Peço licença para tomar, agora, suas palavras: 'A impunidade gera a audácia dos maus. O futuro não é o que se teme. O futuro é o que se ousa'. Eu ousei".

Transmissão de cargo

O cerimonial foi dividido em dois dias, a pedido de Witzel, que viajou a Brasília acompanhado de Rodrigo Maia para prestigiar a posse de Jair Bolsonaro como presidente da República – programada para as 15h, no Congresso Nacional.

A segunda etapa, a transmissão do cargo pelas mãos de Francisco Dornelles, ocorre na tarde de quarta (2), no Palácio Guanabara. Dornelles, governador em exercício, representa Luiz Fernando Pezão, preso desde o início de novembro.

Convidados

Entre os convidados, estiveram presentes o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e o cardeal-arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, que foram chamados pelo presidente em exercício da Alerj, André Ceciliano, para compor a mesa na cerimônia de posse.

Ao falar o nome do governador eleito, Ceciliano errou por algumas vezes, o chamando de "Wilson Witzon".

Maia falou sobre a expectativa para o governo de Witzel: "Transformar o Rio em um estado seguro, capaz de atrair empresas e gerar empregos".

Crivella disse que espera que o estado e o município possam renegociar juntos as dívidas que possuem com a União.

A expectativa é grande, de que eu e ele juntos possamos chegar ao Bolsonaro em Brasília e negociar as nossas dívidas. Isso é fundamental para o Rio de Janeiro. Modernizar nossos hospitais, melhorar as nossas escolas. O Rio tem 11 mil km de ruas e avenidas que precisam ser asfaltadas, limpar nossos rios, as nossas lagoas”, destacou Crivella.

Citando Crivella, Witzel agradeceu a presença de todos os chefes do executivo. “Tenho certeza de que seremos parceiros e que trabalharemos juntos.”

Íntegra do discurso

"Senhores e senhoras, bom dia. Tomo posse hoje como Governador do Estado do Rio de Janeiro, graças ao desejo de mudança da população do nosso querido Estado, que acreditou na esperança de dias melhores. Portanto, meu primeiro agradecimento é ao nosso povo, com quem assumo o compromisso de não deixar apagar essa chama de confiança em um futuro melhor para o nosso Estado.

Sr. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Deputado Estadual André Ceciliano, em seu nome eu cumprimento todos os Deputados e Deputadas estaduais eleitos e os que encerram seus mandatos, cumprindo sua nobre missão. Aproveito também para agradecer a presença de todos os presidentes de Câmaras de Vereadores e vereadores também membros do Legislativo Municipal.

Sr. Presidente da Câmara dos Deputados, é uma honra tê-lo presente e, em seu nome, Deputado Rodrigo Maia, do nosso Estado do Rio de Janeiro, Presidente da Câmara dos Deputados, cumprimento todos os Deputados federais eleitos e os que encerram seus mandatos.

Sr. Vice-Governador, minha gratidão por sua fidelidade, seus aconselhamentos, sua amizade e, acima de tudo, o seu espírito de servir. V.Exa. é um homem temente a Deus e que nasceu para servir. Eu aprendo, todos os dias, a servir ainda mais, seguindo o seu exemplo.

Muito obrigado, meu amigo. (Palmas)

Sr. Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Prefeito Marcelo Crivella, agradeço as suas orações. Em seu nome, agradeço a presença de todos os demais Chefes de Executivo, nossos colegas sofredores. Tenho certeza de que seremos parceiros e que trabalharemos juntos.

Sr. Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Sr. Presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, antes de mais nada um amigo e conselheiro, membro do Tribunal, no qual amigos, colegas, juízes estaduais, desembargadores estaduais, colegas, juízes federais, desembargadores federais, aproveito esta oportunidade para, mais uma vez, agradecer a essas Casas de Justiça que muito contribuíram para minha formação e o meu caráter, a capacidade para tomar decisões difíceis, que viriam a definir os destinos de muitos cidadãos me foi legado.

A presença dos juízes federais neste dia, tão solene na História do nosso Estado, me faz ter a certeza de que ali foi arado o solo fértil, plantada a semente do bem. A Justiça Federal e a Justiça Estadual hoje são pilares da moralidade, da integridade, da decência, que vêm ajudando o nosso País a reconstruir a sua História.

Parabéns, Juízes Federais. (Palmas)

Trago na bagagem a mesma coragem que a toga e o mister, como Juiz Federal, tão bem me ensinaram, que muito me ajudarão a governar o Estado do Rio de Janeiro.

Sr. Procurador Geral de Justiça, aqui representado, Dr. Marfan, desejo sucesso ao nosso querido amigo Gussem à frente do Ministério Público Fluminense, cujo ato de nomeação tenho a honra de assinar, cujo Tribunal do Júri, pela primeira vez pude fazer ao lado do meu querido amigo José Eduardo Ciatola Gussem.

Tudo farei, Sr. Procurador Geral, para colaborar com ideias, ações, fruto da minha experiência na área criminal. E em seu nome, minhas cordiais saudações a todos os dignos representantes dessa grande Instituição e ao Ministério Público.

Sr. Defensor Público Geral do Estado, André Castro, em seu nome cumprimento todos os que honram a missão de defender quem mais precisa. É uma imensa alegria poder citar, neste momento, a Instituição à qual pertenci e que muito contribuiu para minha formação humanística e jurídica, aproximando-me das situações mais difíceis, vivenciadas pela população mais sofrida, aqueles que sequer podem pagar um advogado, mas que têm a Defensoria Pública a ombreá-los e a defendê-los nos Tribunais, distribuindo a sagrada Justiça.

Obrigado ao Defensor Público Rodrigo Pacheco. Toda a sorte do mundo. Conte comigo. Eu ainda tenho no coração a Defensoria Pública. (Palmas)

Sua Eminência Cardeal Dom Orani Tempesta, em seu nome referencio todas as autoridades religiosas e seus fiéis, que clamam pelo governo dos justos contra a praga dos ímpios.

Aos servidores públicos, aposentados e pensionistas do Estado do Rio de Janeiro, a minha homenagem e a minha solidariedade. Podem ter certeza de que tudo farei para melhorar as condições de trabalho e resgatar a dignidade de suas famílias.

À minha amada esposa Helena - chama que ilumina meus sonhos -, que esteve ao meu lado incansavelmente; clareou meus caminhos, minha mente; e assumiu esse grande desafio, sempre e sempre com carinho, amor, ternura. Minha eterna gratidão, meu amor, pelo seu apoio incondicional a mim e aos nossos filhos. E este momento, o povo também lhe quer oferecer, e você merece. Em sua pessoa agradeço a todas as famílias, a todas as esposas, a todos os maridos, a todos os filhos que emprestam os seus pais, suas mães para estarem aqui a serviço do povo! (Palmas)

Senhoras e senhores, militantes partidários, queridos amigos que ombrearam comigo as caminhadas nos calçadões, nas cidades, nas ruas, de manhã, de tarde e de noite. Não há política sem militantes; não há política sem fé, sem aqueles que acreditam numa ideologia. A vocês, militantes partidários, doando das suas vidas, doando do seu tempo, que caminharam lado a lado comigo, o meu agradecimento, e saibam que terão em mim sempre a confiança que vocês depositaram e que assim farei por merecer. Muito obrigado a todos que nos acompanharam: familiares e amigos por essa confiança.

Dirijo-me, sem distinção, de forma igualitária, a todos que vivem no nosso Estado do Rio de Janeiro. A página, que hoje começamos a escrever, nessa história, expressa a vontade soberana da maioria da população que em mim confiou o seu destino pelos próximos quatro anos.

É chegada a hora de libertar o Estado da irresponsabilidade e da corrupção que marcaram as duas últimas décadas da política estadual. Sob a proteção de Deus, eu renunciei a uma carreira, à toga, à magistratura federal; e iniciei uma jornada que simboliza todo o meu amor e a minha indignação com tudo o que vimos e ouvimos. É um ato de amor ao povo e ao Estado do Rio de Janeiro.

Trabalharei incansavelmente para unir o Rio de Janeiro. Nossa tarefa será racionalizar os custos e obter mais recursos para os municípios, sempre buscando o bem-estar de todos os cidadãos, independentemente de ideologias partidárias.

Também buscaremos apoiar o Governo Federal no processo de mudanças da ordem tributária, previdenciária e econômica, para garantir o futuro das próximas gerações e inverter a pirâmide de arrecadação com a descentralização dos serviços e atribuições. É no município, é nos prefeitos que todos vão buscar o conforto das políticas públicas.

O resultado da última eleição simbolizou o grito de milhares de homens e mulheres cansados da traição e dos atos de corrupção que estão tirando de nós o sentimento de esperança por dias melhores para nós e nossos filhos.

Acreditando na nossa caminhada, somou-se ao meu partido o Partido Social Cristão. Minha gratidão ao PROS, ao PSL, que desde o primeiro momento acreditaram no candidato 1%.

Ao longo do 2º turno, mais de uma dezena de outros partidos reconheceram a força de milhares de vozes que clamavam por uma alternativa em face de políticos marcados por prisões, erros e desrespeito ao voto popular.

Ao meu secretariado: não temos o direito de errar. Nas ruas, ouvimos, nos olhos do povo, nos corações e mentes: “Não nos decepcionem”. Não vamos decepcionar o povo do Estado do Rio de Janeiro! (Palmas)

A minha história se confunde com a de muitos brasileiros.

Eu nasci em um lar cristão pobre e meus pais enfrentaram inúmeras dificuldades para criar a mim e os meus três irmãos. Não herdaremos fortuna, mas o ensinamento da nossa querida mãe, Olívia, e do nosso querido pai, José: o amor e o respeito ao próximo. São valores morais que nenhuma fortuna consegue comprar ou pagar.

São esses valores que conduziram um dos seus filhos, da família Witzel, a ser escolhido para liderar um processo de mudança e de resgate da dignidade do povo do Estado do Rio de Janeiro. Meu querido irmão Douglas Witzel, cabo da Polícia Militar, cuja vida é dedicada à proteção de membros do Executivo do Município de São Paulo, gratidão e agradecimento aos nossos pais. Essa é a verdadeira importância da família como base da sociedade.

Senhoras e senhores, não podemos mais viver sem liberdade, com medo de sair às ruas, sem saber se voltaremos. Criminosos assumiram, pelo poder das armas, o domínio de porções do nosso território, trazendo desgraça e desordem ao cidadão de bem. Vamos reorganizar as estruturas policiais para serem capazes de investigar e de prender aqueles que comandam o crime organizado e fazem da lavagem de dinheiro a fonte que abastece o comércio de drogas e armas e a desgraça e o câncer da corrupção.

(Palmas)

A instalação do Conselho de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, fruto da nossa experiência e de estudos aprofundados por mais de vinte anos, vai aproximar as instituições e permitir que a segurança não seja mais apenas um caso de polícia, e sim uma política pública de responsabilidade de todos os Poderes, conforme determinam a Constituição Federal e a Estadual.

Cidadãos fluminenses, não permitirei a continuidade desse poder paralelo. Ao receber minha carta patente do Corpo de Fuzileiros Navais, eu jurei, perante a nossa bandeira, defender o estado democrático de direito contra ameaças internas e externas.

Usarei todos os meios e conhecimentos para derrotar o crime organizado, reconstruindo, reaparelhando, aperfeiçoando o processo penal e as estruturas judiciais, treinando as nossas forças policiais, colocando à disposição profissionais da segurança capacitados e com instrumentos para conter a ameaça à nossa democracia. São narcoterroristas e como terroristas serão tratados!

(Palmas)

A mudança da nossa estrutura de segurança é fundamental para aproximar as instituições que compõem todo o processo criminal, sendo a atividade policial apenas parte de um gigantesco leque de aparato de punição e de ressocialização.

O resgate moral da nossa cidadania também passa pelo fortalecimento da cultura, em toda a sua diversidade, e a educação, com a honra que tenho, por mais de duas décadas, de ser professor e de estar à frente do processo educacional do nosso Estado, será tratada como política pública estratégica tanto para o desenvolvimento humano quanto para a retomada do crescimento econômico, com investimento na área de formação tecnológica dos jovens.

Tanto no que diz respeito à educação quanto à saúde, trabalharemos para integrar todos os nossos órgãos federais, estaduais e municipais, com vistas a reduzir os custos, melhorar o acesso e o atendimento de forma mais racional.

É grande o desafio de manter os serviços públicos em condições dignas de funcionamento ao mesmo tempo reorganizar o tão combalido orçamento e os gastos públicos. Não menos desafiadora será a retomada do crescimento econômico com geração de emprego e de renda.

O Estado tem papel fundamental como indutor deste processo garantindo a segurança jurídica e a credibilidade, Sr. Presidente, aos investidores. É responsabilidade desta Casa ser parceira do Governo do Estado para que esta credibilidade seja mantida e retomados os investimentos ao nosso Estado.

A produção do campo é um dos pilares do desenvolvimento do interior. Nenhuma economia saudável consegue se desenvolver de costas para seus agricultores. O território fluminense é abençoado pela diversidade natural e climática viabilizando produzir todo tipo de alimento e qualidade. É preciso diminuir a necessidade de importação de alimentos de outras regiões. Facilitar o acesso dos produtores locais ao mercado garantindo o abastecimento e a segurança alimentar no nosso Estado. Construiremos uma política consistente para agricultura e a produção pesqueira dando atenção especial à agricultura familiar ao garantir acesso ao crédito, tecnologia e assistência diferenciada.

Também são metas estratégicas da nossa gestão fortalecer e expandir o setor produtivo do turismo, como tenho dito, o novo petróleo do Estado do Rio de Janeiro em consonância com diretrizes ambientais sustentáveis.

Finalizando, não poderia deixar de citar uma grande fonte de inspiração para políticos deste Estado, o Governador Carlos Lacerda, que deixou inegável legado de desenvolvimento a este Estado. Peço licença para tomar, agora, suas palavras: “A impunidade gera audácia dos maus. O futuro não é o que se teme, o futuro é o que se ousa. Eu ousei.”

Deus abençoe o Estado do Rio de Janeiro. "

Biografia

Aos 50 anos, o paulista de Jundiaí nunca havia concorrido a cargos políticos. É advogado e foi fuzileiro naval e juiz federal, cargo que exerceu por 17 anos. O governador eleito é é casado com Helena Witzel e tem quatro filhos.

O novo governante – que atende por “Uílson Vítzel” – é o primeiro não fluminense a assumir o Palácio Guanabara desde o segundo mandato do gaúcho Leonel Brizola, em 1991.

Para concorrer ao governo, Witzel pediu exoneração da Justiça Federal no início de 2018. Durante a campanha, chegou a brincar que alguns eleitores perguntavam a ele se estava "maluco" por abrir mão dos privilégios do cargo. Ele rebate dizendo que tem bom salário como advogado e que escolheu o cargo por acreditar que pode melhorar a situação do estado.

Antes de se filiar ao PSC, foi titular da 6ª Vara Federal Cível até 2 de março. Ele já havia atuado em varas cíveis e criminais no Rio e em Vitória. Witzel deixou o Espírito Santo em meio a ameaças de morte.

Eleições

"Azarão" na corrida eleitoral, Witzel teve uma ascensão surpreendente e foi eleito governador do Rio em 28 de outubro. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, ele teve 4.675.355 (59,87%) votos válidos e Paes, 3.134.400 votos (40,13%).

O candidato do PSC teve uma ascensão surpreendente nas pesquisas de intenção de voto no primeiro turno. Tinha entre 1% e 4% nas primeiras pesquisas, subiu nas última semana e obteve mais do que o dobro dos votos de Paes: 41,28% dos votos válidos, contra 19,56% do candidato do DEM.

Com o apoio de Flávio Bolsonaro (PSL), deputado estadual que se elegeu senador, Witzel afinou seu discurso com o do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que nunca anunciou apoio aos candidatos do Rio de Janeiro.

Propostas

A segurança e o combate à corrupção também foram protagonistas em sua campanha, e o apoio da família Bolsonaro é apontado como o principal por sua ascensão meteórica.

Witzel defendeu também o endurecimento do combate à criminalidade, citando inclusive o que chama de "abate" de criminosos que estiverem com fuzis.

Veja as principais propostas de campanha:

  • Escolas militares, 'pelo menos de uma a três' por cidade;
  • Reforma pedagógica, com base em disciplinas e tecnológicas, e implementação da aula 'Constituição e Cidadania';
  • Extinção da Secretaria de Segurança;
  • Instalação de 1 milhão de câmeras de segurança nas ruas;
  • Renegociar dívida do Estado por 100 anos;
  • Asfaltar comunidades para facilitar a ação policial;
  • Construção de casas populares;
  • Revitalizar a Baía de Guanabara e despoluir o Rio Paraíba do Sul;
  • Contratar 500 mil consultas/mês da rede privada para compensar os problemas da rede estadual de saúde;
  • Investir na construção civil para ofertar empregos;
  • Liquidar empresas públicas e criar programa de demissão voluntária;
  • Estabelecer um teste de honestidade no serviço público;
  • Fortalecer o transporte alternativo.

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