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Redes Sociais podem afetar o descanso, afirma psicopedagoga

Diferentes usuários se beneficiam das redes sociais de maneiras diferentes, por isso alguns necessitam de mais tempo que outros.

Publicado em 16/01/2019 às 01:34

Vício em redes sociais existe e pode levar à depressão, alerta psicopedagoga (Foto: Divulgação)

O uso de Redes Sociais pode afetar o descanso, o sono e até o desempenho nas atividades do dia a dia. A psicopedagoga Fátima Ribeiro Cardoso informa que embora não seja possível estabelecer um tempo máximo para ficar conectado, é preciso levar em consideração aspectos individuais de cada pessoa.

Diferentes usuários se beneficiam das redes sociais de maneiras diferentes, por isso alguns necessitam de mais tempo que outros. Algumas pessoas utilizam a internet como ferramenta de trabalho, mas a psicopedagoga orienta que perceber os efeitos negativos que as redes podem ter é o que deve ser levado em consideração para estipular um controle para o uso.

"Há prejuízos quando o indivíduo tem em sua vida diária perdas significativas de diálogos com a família, pouca interação com os filhos, diminuição na produção profissional, falta de cuidados com a própria saúde, entre outras coisas", esclarece Fátima.

A psicopedagoga afirma que, ao contrário do que pensam, utilizar as redes sociais durante o tempo de descanso ao invés de promover uma renovação da energia, acontece o desperdício de energia em virtude da exposição aos inúmeros estímulos encontrados na navegação virtual. Por isso é preciso se desligar da rotina do dia a dia e ter um tempo para “esvaziar a mente”.

"É importante que com a consciência dos prejuízos causados pelo vício, a pessoa sinta necessidade da desintoxicação eletrônica. Retomar as atividades que gostava de fazer antes de se tornar dependente das redes é um ótimo caminho. Colocar metas do tempo de uso, perguntar-se se realmente é necessário acessar e resistir aos apelos das novidades. Ter outras atividades programadas e dar sempre prioridade para o que é real são formas de preencher o tempo livre longe das redes sociais", detalha Fátima.

Ressalta também que o vício em redes sociais existe e pode acontecer em virtude da falta de controle de emoções, podendo chegar à depressão. De acordo com ela, quando acontece o uso excessivo é necessário algum acompanhamento psicológico.

"O tempo para ficar afastado depende do quanto a pessoa foi prejudicada, os danos causados e sua conscientização de que houve prejuízos significativos em sua vida. É preciso restabelecer vínculos positivos com seu tempo livre e com as pessoas a sua volta", explica ela.

Conforme esclareceu Fátima na área educacional, existe falta de motivação para a aprendizagem, baixa tolerância com as contrariedades cotidianas, causadas pelo uso excessivo das redes sociais. Principalmente com as crianças e jovens é preciso ter cautela. O uso em massa das redes traz uma série de vantagens e problemas e esse grupo é o mais vulnerável aos problemas.

"A maioria das pessoas que se torna viciada em redes sociais acaba deixando de lado sua vida real, se distancia das pessoas próximas e prejudica relacionamentos. E na maioria das vezes não se dá conta da própria ausência", atenta ela.

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