Portal da Cidade Vassouras

Paciente transplantado teme ficar sem medicamento em Volta Redonda, RJ

Ele precisa diariamente de um remédio que está em falta desde o ano passado na farmácia do Estado.

Publicado em 02/01/2018 às 01:00

Há um ano, os rins do Luís Cláudio Côrtes Dias, de 31 anos, morador de Volta Redonda, RJ, pararam de funcionar. Ele começou a fazer hemodiálise e logo precisou passar por um transplante. A doadora foi a mãe dele.

Eu fiz o exame e quando o resultado veio, deu que eu era 99,9% compatível com ele. E aí nós erntramos nesse processo de que eu doaria. Eu conversei com os filhos, com toda família que eu queria doar o rim para ele. Salvar a vida do meu filho foi tudo para mim”, contou a mãe do Luís, Rosângela de Lucas Côrtes Dias.

Desde então, ele precisa tomar medicamentos para preservar o órgão recebido. Um dos remédios é o Sirulmo. Cada caixa custa em média R$ 2 mil e para o Luís, não necessárias 3 caixas por mês.

Ele conseguia o remédio de graça na farmácia de alto custo do Estado, mas desde outubro o medicamento está em falta. O morador conta com a ajuda de amigos e recorre a internet para conseguir doações e não ficar sem os comprimidos.

Se eu não tomar essa medicação, o meu próprio organismo começa a lutar contra esse órgão que não é meu. E aí eu corro o risco de perder esse órgão e também a função dos rins”, explicou o Luís.

Sem conseguir na farmácia de alto custo, o Luís recorreu à Defensoria Pública. A Justiça determinou que o estado forneça o remédio, mas como ele está em falta, o caso foi transferido para o município.

Com o recesso de fim de ano, a Justiça não conseguiu acionar a prefeitura e nem liberar o dinheiro para compra do remédio. Já na última caixa, o morador se vê em uma corrida contra o relógio. "Eu tenho que esperar as decisões da Justiça. Várias pessoas quiseram fazer uma vaquinha solidária param mim. Eu dependo dessa decisão. A falta do medicamento é desesperadora. Se eu ficar sem um dia, é risco de perder o transplante".

 

A Secretaria Estadual de Saúde disse que o fornecimento do medicamento Sirolimo é feito pelo Ministério da Saúde e que o prazo de entrega ao estado não está sendo cumprido dentro do intervalo regular. Disse ainda que a última remessa chegou na semana passada e que ainda esta semana será direcionada para abastecer Volta Redonda e outras cidades.

O Ministério da Saúde informou que os estados brasileiros estão sendo abastecidos com o remédio e que uma nova remessa vai ser enviada ainda em janeiro.

Durante a tarde desta terça-feira (2), o Luiz Carlos conseguiu o dinheiro em mãos para comprar a medicação. Ele entrou em contato com a produção da TV Rio Sul e informou que a defensoria pública efetuou busca e apreensão da verba na conta da prefeitura de Volta Redonda.

Deixe seu comentário