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Firjan aponta falta de insumos em segmentos estratégicos da indústria

Federação destaca resultado positivo da produção industrial, mas alerta que perspectivas para os próximos meses ainda são de elevada incerteza.

Publicado em 02/09/2022 às 18:00

Montadoras da região estão entre as afetadas por falta de insumos (Foto: Divulgação Nissan)

Dados divulgados nesta sexta-feira, dia 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em julho, a produção industrial brasileira registrou aumento de 0,6% frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. No acumulado do ano, o indicador mantém a trajetória de recuperação iniciada em fevereiro de 2022.

O segmento de derivados de petróleo segue apresentando resultado bastante positivo, acumulando alta de 10% neste ano. Esse desempenho vem sendo impulsionado, em grande medida, pela maior produção de combustível e querosene de aviação. A Firjan destaca, porém, que segmentos estratégicos da indústria nacional ainda sofrem com a falta de insumos, provocada pela crise sanitária e aprofundada pela guerra na Ucrânia, e acreditam em normalização mais concreta das cadeias globais somente em 2023. É o caso do segmento automotivo, que vendo sentindo fortemente o impacto desses gargalos logísticos, acumulando perda de 4,3% no ano até julho.

A federação ressalta ainda que, embora os resultados da atividade econômica sigam surpreendendo positivamente em 2022, as perspectivas para os próximos meses ainda são de elevada incerteza, principalmente no cenário internacional. O prolongamento da guerra e a crise energética da Europa prometem gerar um menor dinamismo no crescimento mundial. No âmbito nacional, o risco atrelado às contas públicas e a taxa de juros elevada adicionam um fator de alerta para a evolução da atividade econômica à frente.

A pandemia, o conflito europeu e suas consequências socioeconômicas tornaram ainda mais urgente a busca pela aprovação de reformas estruturais que criem um ambiente de negócios mais competitivo. O ano de 2023 representa uma nova oportunidade para a implementação de uma reforma ampla, que traga mudanças significativas em prol da alocação de recursos públicos de maneira responsável. Nesse sentido, conforme estudo recente divulgado pela Firjan, uma agenda que impulsione a produtividade pode acelerar o processo de crescimento econômico e, portanto, fazer com que o país volte a figurar entre as dez economias mais potentes do mundo, potencializando assim a geração de emprego e renda.

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